Furtivamente encoberta pela luz da lua
Onde as doces trevas recaem em teu leito
Despertando os filhos do silêncio
Com a luz por traz dos véus
Que displicentes se penduram na janela
Revoam com os ventos nocturnos
Despertando teu sono num acarinhar
E toda dormência se revira nos lençóis
Que envolvem teu corpo em desleixo de fibras
Essas saciadas de seu suor doce
Sua alma silente num repouso sem luz
Pois a única luz se esconde em suas curvas adormecidas
Provocando minha cega visão de seu dorso
Envolto naquelas fibras sedosas
Ocultando o abismo de seus sonhos
Cercou com seus perigos todo o meu ser
Movendo-se como sangue em minha veias
Esqueço o que é pecado aos lábios
Como a luz da lua percorro seu corpo
Esqueço que a lua é como um sonho
Revestida do pecado do desejo
Coração pulsa em sons destoantes
E como sombra me aconchego
Levemente num beijo de brisa cálido
Não é um sonho o beijo que derramo
Num momento esqueço o perigo da lua...
Astarty/Viviane
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comente adoro sua visão... bjnhos