Para viver um grande amor, precisamos ter compreensão, sabedoria e, sobretudo, humildade para aceitar o mundo da pessoa amada, porque certamente o mundo dela é diferente do nosso. Precisamos tentar enxergar, sentir e ouvir o que ela está percebendo. Viver um grande amor significa compartilhar (ou ter momentos de partilha) de um mundo em comum.
O amor só sobrevive se for recíproco e para conseguirmos perceber se essa reciprocidade existe, precisamos dar tempo ao tempo... Devemos experimentar a vida, dar espaço para que o outro se mostre como realmente é.
O que você tem feito para cultivar o melhor que existe em você? Acha que já pode se abrir para a pessoa amada sem assustá-la com um vazio ou uma escuridão inexplicável? Acha que já conhece bem os seus próprios caminhos, já poderia conduzir a pessoa amada facilmente pelos seus tesouros internos? O que teria para conquistá-la, envolvê-la, enfim, para encantá-la e fazê-la sentir vontade de ficar por hoje, por mais alguns meses, alguns anos e até pela vida inteira?
O amor é feito de um dia após o outro. É um processo que se realiza a todo instante, a cada carícia, a cada olhar, a cada gesto de respeito e consideração. O amor acontece no minuto em que se decide não ofender, no exato segundo em que se escolhe o silêncio e a hora certa de falar, ou seja, depois da raiva, depois do ciúme, depois do erro... Assim como ele pode morrer ao se decidir magoar, desrespeitar, ofender e ignorar o outro... O amor é uma escolha a todo instante.
Na medida em que você vai se conhecendo mais e mais, pode escolher, de forma consciente, o melhor, o mais adequado e o que mais está em sintonia com seu objetivo de vida (ainda que nem sempre seja fácil e mesmo que você erre muitas e muitas vezes). Mas há uma enorme diferença entre errar com consciência de si mesmo e de suas imperfeições a serem trabalhadas e errar sem ao menos se dar conta disso!
Creio que a única verdade absoluta que podemos saber a respeito do amor é que ninguém pode encontrar a sua metade se, antes de qualquer coisa, não conhecer a si mesmo, não descobrir suas próprias preferências, não souber o que realmente quer para si mesmo, especialmente no que se refere à pessoa com quem vai passar o resto de sua vida (ou pelo menos tem essa pretensão).
Se você deseja ser uma pessoa que vale a pena ser amada, não se molde às regras do outro para ser passageiramente aceita. Saiba viver o agora, acima de tudo, mas conheça as exigências do amanhã: somente o que está baseado na verdade e na transparência pode durar!
Todos nós podemos acreditar no que quisermos. E também podemos mudar de crença no momento em que desejarmos, pois temos todas as ferramentas de que necessitamos para transformar nossa vida. Isto é, se você tem baixa auto-estima e não consegue ver seus pontos positivos, pode decidir mudar, pode escolher conscientemente ser uma pessoa diferente, mais atraente e mais interessante.
