Eu nunca mais senti
A presença do Anjo da morte
Chorar, as vezes rir
É bom mas não todo dia
Em tantas coisas acreditei
Você me deu asas pra voar
Tantos lugares atravessamos
Deuses mitológicos, submundos, o Grande mar
E era bom
Como uma criança em tuas mãos
Pude me entregar
O meu orgulho, minhas lágrimas
O meu medo e o amor
Suave, livre, constante, sedutora e natural
Te senti com meu clamor
Como uma Deusa imortal
Tudo tão simples
Vestida como a natureza
Era um mundo ideal
Voei com asas livres pelo ar
Não tinha notado que havia grilhões em meus pés
Voei tão alto que a corrente chegou ao seu fim
Lutei como um passáro tenta escapar da armadilha
Mas você percebeu e veio ao meu encontro
Com teus lábios anestésicos
Cai no teu encanto
De que ali era um bom lugar
Ja com sono
Cansado da Dor
Inebriado
Tua face revelada
Sem discernir, dancei na tua loucura
Esse suave veneno que me preencheu
Clamava FORÇA ! Pra resistir
Me deparei nu em pêlo
Ja sem asas
Sentindo o flagelo daquela dança
O medo enroscado como uma trança
Enforcando meu pescoço
Sem nada a perder, arrisquei me levantar
Dançando com você
Embriagado sem saber o que fazer
Compreendi o desejo da sua loucura
Mas até hoje nao sei a razão
Fechei os meus olhos e caminhei em direção ao espelho
Ao encontro de mim mesmo
Sem nada a perder
Só resta a minha própria vida
Que até esta foi ameaçada
Entreguei-me a minha propria loucura
E o único mau que vejo
É o proprio ser humano
Criança Louca
Hoje estou estável
A loucura passou
A força brotou
Talvez você tenha se perdido
Na realidade que você mesma criou
Compreendi o desejo da tua loucura
Mas até hoje nao sei a razão
Não estou mais perdido
Mas também não vou voar desatento como antes
Tua balança que tinha asas de um lado
E grilhões do outro lado
Foi quebrada no meu mundo
Restou-me a Liberdade que tanto esperava
Respirar
Mas também não vou voar por ai desatento como antes voava
A magoa é sarada por Cronos
O Deus Tempo é um bom médico
Uma nova vida me espera
Não tenho do que me arrepender
De sentir o que precisei sentir
Aprendi que o medo
A loucura do amor
Tambem são Aliados!
Escrito por Jefferson Rosa em Domingo , 25 de Setembro de 2005 por volta das horas da manha.
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