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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Anjo da morte


Eu nunca mais senti
A presença do Anjo da morte
Chorar, as vezes rir
É bom mas não todo dia

Em tantas coisas acreditei
Você me deu asas pra voar
Tantos lugares atravessamos
Deuses mitológicos, submundos, o Grande mar

E era bom
Como uma criança em tuas mãos
Pude me entregar
O meu orgulho, minhas lágrimas
O meu medo e o amor

Suave, livre, constante, sedutora e natural
Te senti com meu clamor
Como uma Deusa imortal

Tudo tão simples
Vestida como a natureza
Era um mundo ideal

Voei com asas livres pelo ar
Não tinha notado que havia grilhões em meus pés

Voei tão alto que a corrente chegou ao seu fim
Lutei como um passáro tenta escapar da armadilha

Mas você percebeu e veio ao meu encontro
Com teus lábios anestésicos
Cai no teu encanto
De que ali era um bom lugar

Ja com sono
Cansado da Dor
Inebriado

Tua face revelada
Sem discernir, dancei na tua loucura
Esse suave veneno que me preencheu

Clamava FORÇA ! Pra resistir
Me deparei nu em pêlo

Ja sem asas
Sentindo o flagelo daquela dança
O medo enroscado como uma trança
Enforcando meu pescoço
Sem nada a perder, arrisquei me levantar
Dançando com você

Embriagado sem saber o que fazer
Compreendi o desejo da sua loucura
Mas até hoje nao sei a razão

Fechei os meus olhos e caminhei em direção ao espelho
Ao encontro de mim mesmo

Sem nada a perder
Só resta a minha própria vida
Que até esta foi ameaçada
Entreguei-me a minha propria loucura

E o único mau que vejo
É o proprio ser humano
Criança Louca

Hoje estou estável
A loucura passou
A força brotou

Talvez você tenha se perdido
Na realidade que você mesma criou
Compreendi o desejo da tua loucura
Mas até hoje nao sei a razão

Não estou mais perdido
Mas também não vou voar desatento como antes

Tua balança que tinha asas de um lado
E grilhões do outro lado
Foi quebrada no meu mundo

Restou-me a Liberdade que tanto esperava
Respirar
Mas também não vou voar por ai desatento como antes voava

A magoa é sarada por Cronos
O Deus Tempo é um bom médico

Uma nova vida me espera
Não tenho do que me arrepender
De sentir o que precisei sentir
Aprendi que o medo
A loucura do amor
Tambem são Aliados!


Escrito por Jefferson Rosa em Domingo , 25 de Setembro de 2005 por volta das horas da manha.

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Te leve um beijo eterno e carinhoso
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Os encantos
Eles nunca se acabam....